TRÍADE:
POPULAR, FILOSÓFICO E FESCENINO - NAS TRILHAS POTIGUARES
Edição de domingo, 19/07/15.

O texto Tríade surgiu do amor
dos três autores pela poesia dos quais o poeta popular Emmanoel Iohanan , o
filósofo e também poeta Ferreira Fontes e pela fotógrafa, poetisa Jardia Maia,
que a partir do DESEJO, em seu amplo
sentido, buscaram através da linguagem poética fescenina, eternizarem seus
versos.
Tríade destaca-se num contexto
fescenino, ou seja, de versos populares licenciosos, com linguagem obscena e
maliciosa, mas sem, deixar de lado o tom poético que caracteriza a obra.
A linguagem fescenina está
presente na literatura e na poesia desde a antiguidade clássica romana até os
nossos dias. Mesmo em períodos de repressão, como a Idade Média, o homem sempre
conseguiu burlar a fiscalização da Igreja ao escrever com uma linguagem
erótica, seus textos libidinoso.


Essa mesma sociedade
patriarcal, escravista e religiosa, na figura do “poderoso” senhor branco detentor
da propriedade não somente imóvel, mas do corpo, da sexualidade e das ideias,
criou um escopo de imagem com fundamentos na hipocrisia, a nosso ver, duas: do
homem da moral e dos bons costumes, e do homem libidinoso, pronto a satisfazer
seus desejos mais ocultos. Daí uma grande matéria prima para a escrita de
textos dessa natureza.
Durante os períodos de
ditatoriais, como a Era Vargas (1937-1945) repressão militar ( 1964-1984), o
Brasil teve suas experiências da poesia fescenina, talvez pelo fato da
proibição, mesmo nesse período eles não deixaram de ser produzidos. Imagine-se
num ambiente de grandes ebulições políticas e sentimento de repressão, da falta
de liberdades, é um ambiente propício a produção de algo “à margem”, viril, voluptuoso sensual “proibido”.
E por falar em sensualidade, o nome feminino da Tríade, Jardia Maia, compõe suas poesias de uma forma livre, feminina, sem ter nenhuma satisfação a dar a "alguém". Jardia transmite em seus versos uma segurança daquilo que idealiza, e se permitir brincar com as palavras aquilo que muitas mulheres até desejam falar, mas se limitam.
Ainda vamos ouvir falar muito dessa jovem escritora!
Em pleno século XXI, tratar a
temática com a mesma carga de preconceito aos que existiram ao longo da
História, mas que sempre esteve vivo e à tona, é tão somente hipócrita assim
como sempre o foi nesses mesmos anos que sempre foram lidas e consumidas.
Principalmente pela facilidade de acesso da mídia do conteúdo fescenino.

Tão curiosos que em seu
lançamento, o livro Tríade reuniu um grande número de admiradores da cultura
popular e erudita, de amigos e leitores, músicos, escritores cordelistas artistas e intelectuais, com
o intuito não somente de prestigiar o trabalho desses autores, mas de buscar,
em primeira mão, conhecer um trabalho diferenciado e corajoso.
Não podemos deixar de destacar
que, no cenário potiguar da arte e cultura, se delineia um momento cultural
significativo e importante. Vários artistas vêm se destacando em várias vertentes da cultura popular e isso tem ganhado notoriedade. E viva a cultura potiguar!
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Hélio Gomes e Claudia Borges ( Casa do Cordel) |
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A tríade e o músico e compositor Dudé Viana |

entre músicas, conversas e autógrafos, os participantes do evento pode degustar um delicioso buffet com a música do grupo encabeçado pela cantora Magna Fuá, que aliás, foi um show a parte... Uma festa!
Tríade: Popular, Filosófico e Fescenino tem essas características. "Se tiver preconceito, não leia; no entanto, se tiver bom senso, não julgue; se tiver senso estético e poético, entenda-a! de uma coisa tenho certeza... só parei de ler no fim!" Dayse Albuquerque.

Poetisa Claudia Borges e Dayse Albuquerque.
Escritor e filósofo Ferreira Fontes
Nas Trilhas Potiguares ... Um encontro de Cultura, História e Arte!
Por Dayse Albuquerque
Amiga Dayse Michelle, parabéns !....
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